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Por que Psicanálise? Razões para escolher uma análise psicanalítica.

  • Foto do escritor: Kauê da Costa Alves
    Kauê da Costa Alves
  • 12 de jan.
  • 2 min de leitura

Muitas pessoas se perguntam por que escolher uma psicanálise para um tratamento analítico, terapêutico ou como quer você queira que isso se chame. A verdade é que há muitos interesses, curiosidades e até mesmo mal-entendidos sobre uma psicanálise. Muitas vezes, associa-se erroneamente esta prática a uma hipnose, um tratamento de regressão ou algo espiritual.


     A psicanálise, desde o seu início, preocupou-se com o que há mais de essencial no homem: a sua verdade subjetiva. Ela se ocupa de dar luz às coisas que estão nas sombras, de dar escuta ao sofrimento e de transformar os afetos indesejáveis, aversivos ou até mesmo assustadores em aliados na busca subjetiva de cada sujeito de seu propósito.


E por que, afinal, escolher uma psicanálise?


Elenquei três razões pelas quais eu faria essa escolha:


  1. Ele não tem compromisso com um ideal, mas sim com o sujeito e o seu desejo. Em uma psicanálise, não há um modelo pronto a seguir, como quem tenta calçar o sapato alheio. Aqui, o que importa é o que faz pulsar, o que move e inquieta o desejo de quem ocupa a cadeira de analisante. Não há fórmulas mágicas, apenas a aposta no poder transformador da palavra e do encontro.


  2. Não te vende a utopia do "bem-estar", antes, escancara o mal-estar que existe na condição de vida humana e possibilita ao sujeito criar maneiras inventivas e menos sofridas de lidar com ele. A promessa da psicanálise não é de um jardim sem espinhos, mas de um espaço onde os espinhos podem ser olhados de frente. Esse mal-estar, tão humano, que tentamos calar ou esconder, é também o que nos torna singulares. Na análise, ele é acolhido, decifrado e, quem sabe, ressignificado.


  3. Seu fim não é pedagógico: uma psicanálise não se pretende reprimir e adaptar o sujeito ao que é aceito socialmente. A análise não oferece manuais de boa convivência nem receitas de sucesso. Não é uma cartilha de como se adequar ao que esperam de você. Pelo contrário, é um lugar de desencontro com o esperado, onde o sujeito pode finalmente se deparar consigo mesmo — e, talvez, aceitar o desconcerto que o habita.


     Ao final de uma análise, não há medalhas, não há certificados de "cura". O que pode haver é algo mais precioso: um sujeito reconciliado com as perguntas que o movem, disposto a caminhar com elas e por elas.

     

     E isso, em um mundo tão cheio de pressa e respostas prontas, talvez seja a maior razão para escolher a psicanálise: porque ela nos devolve a coragem de perguntar e a dignidade de viver com as nossas próprias questões.

 
 
 
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